Pacientes, familiares, profissionais da área de saúde e membros da Associação Bahiana de Equoterapia (ABAE), movimentaram a Assembleia Legislativa da Bahia na manhã, desta terça-feira (10), na Sala Eliel Martins, localizada no Parlamento Baiano. O motivo foi a Audiência Pública com o tema: “Equoterapia: o cavalo a serviço da Habilitação, Reabilitação e Promoção Social”.
A Equoterapia é definida como um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou com necessidades especiais.
A ocasião foi proposta pelo presidente da Comissão de Saúde e deputado estadual, José de Arimatéia (PRB-BA), que classificou a Audiência como uma oportunidade de discutir com a população baiana a Equoterapia, método ainda desconhecido por muitos, mas que interfere diretamente no bem estar do paciente.
“A Bahia precisa avançar, pois dos 417 municípios baianos apenas 10 disponibiliza a Equoterapia, método crucial para o fortalecimento da musculatura, equilíbrio, além do aumento na autoestima dos pacientes. Gostaria de contar com a sensibilidade dos prefeitos baianos nessa perspectiva”, disse o propositor da cerimônia.
A presidente da Associação Baiana de Equoterapia (Abae), Maria Cristina Brito, explicou a sua motivação em fundar a Organização. “Meu primogênito, Yuri, nasceu com paralisia cerebral e há 21 anos eu ofereço a minha experiência pessoal para milhares de famílias, e procuro ajudar com amor crianças e adolescentes”, disse.
Num testemunho emocionado, Yuri, aos 33 anos contou, que ainda utiliza o método para fortalecer a parte motora, e pontuou os diversos avanços alcançados com a Equoterapia, algo difícil de ser obtido por portadores de necessidades especiais. “Tudo que sou devo a Equoterapia. Hoje sou graduado em Publicidade e Propaganda, trabalhei durante 12 anos na Petrobrás, e ainda me especializei em Política Estratégica. Espero servir de exemplo para muitos ‘Yuri’s’”, contou.
No final da Audiência o deputado garantiu encaminhar ao governador Jaques Wagner uma indicação sugerindo utilizar os espaços de Parques de Exposições nas cidades, onde não existem a Equoterapia, em locais públicos ou não.
Atualmente a Abae atende mil crianças na Bahia, 131 somente em Salvador, tendo ainda uma lista com mais de 700 portadores de necessidades especiais precisando do tratamento. A Organização tem entre os seus associados centros de equoterapia em algumas cidades como a Capital Baiana, Feira de Santana e Inhambupe.
Ainda estiveram presentes na audiência as representantes da Polícia Militar (PM), capitã Jordânia Almeida; e Petrobras, Liane Oliveira; parceiras da entidade, além da vice-presidente da Associação Nacional de Equoterapia (Ande – Brasil).