Na Semana de Conscientização sobre a Tuberculose, o deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) exaltou em suas redes sociais uma data que julga de suma importância, o Dia Mundial da Tuberculose. Celebrado anualmente em 24 de março, o dia é marcado no intuito de conscientizar o público sobre a epidemia global dessa doença, que é facilmente contagiosa e é transmitida através de gotículas expelidas no ar por tosse, espirro ou contato com a saliva da pessoa contaminada.
Mobilizado pelo fim da tuberculose na Bahia, José de Arimateia é autor da Lei Estadual 14.244, sancionada em fevereiro de 2020, que institui a Semana de Conscientização sobre a Tuberculose a ser programada anualmente de 22 a 28 de março. Por esse motivo, além de divulgar o tema em suas redes sociais, o parlamentar reuniu em uma live duas referências no tema. O pneumologista sanitário Doutor Afonso Batista e a pneumologista do ambulatório de referência secundária e terciária do Hospital Otávio Mangabeira, Doutora Maria do Carmo Corbacho.
No encontro virtual, os médicos deram informações sobre o cenário da tuberculose no estado da Bahia e responderam dúvidas dos internautas a respeito da doença infecciosa que mais mata no mundo. De acordo com Afonso Batista, o diagnóstico e tratamento precoces são imprescindíveis para o controle da tuberculose, mas a pandemia trouxe mais uma preocupação. “2020 e 2021 são anos atípicos, pois diminuímos o número de diagnósticos da tuberculose. O paciente, com medo da Covid, não vai ao posto”, revelou. O abandono do tratamento, segundo o médico, traz o risco do que chama de multidroga resistente, quando o bacilo causador da doença resiste aos diversos tratamentos disponíveis.
Num cenário onde morrem 1,4 milhão de pessoas por ano no país de tuberculose, a Bahia é o quarto estado em número de casos e Salvador se configura como a quinta capital, contando com o dobro da quantidade de casos proporcionalmente ao estado, de acordo com Batista. O hospital Otávio Mangabeira, na capital baiana, abrange unidades secundárias e terciárias, que atendem aos casos mais complexos e completam a rede, com Unidades Básicas e de Saúde da Família, para atendimentos primários.
A doutora Maria do Carmo Corbacho acrescentou que o fator geográfico também contribui negativamente para a incidência da tuberculose. Segundo a médica, o maior número de casos ocorre nas cidades litorâneas, por isso, além de Salvador, municípios como Ilhéus, Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas devem ser observados com cuidado. “Percebo que os nossos colegas que trabalham nos municípios sempre deixam o nosso sistema de informação sem atualização”, disse, apontando um problema que pode gerar a falta de controle da situação real no estado.
Na opinião do deputado Arimateia, a melhor forma de cura é a prevenção. “Como Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Institutos de Pesquisas Afins na Bahia e vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da ALBA, cobro constantemente do Governo do Estado políticas públicas eficientes para esclarecimento da população sobre a tuberculose, assim como para aperfeiçoamento da rede de atenção aos pacientes portadores dessa doença”, explicou o parlamentar.
Ainda muito expressiva no Brasil e na Bahia, a tuberculose tem relação direta com baixas condições sociais e econômicas. “Por acreditar na informação como maior aliada nesse processo, foi que sugeri na Lei Estadual 14.244/2020 ações de conscientização da população, como palestras, debates, caminhadas, seminários, congressos e outras atividades educativas que contribuam para a promoção da saúde e prevenção da tuberculose, tanto em locais públicos, como privados”, finalizou Arimateia.