Abraçaço: José de Arimateia promove gesto simbólico pelo Juliano Moreira e Mário Leal

Depois de promover duas mobilizações em favor do Hospital Psiquiátrico Afrânio Peixoto em Vitória da Conquista e o Hospital Especializado Lopes Rodrigues em Feira de Santana, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Institutos de Pesquisas Afins da Bahia, deputado estadual José de Arimateia (PRB-BA), participou ativamente nesta terça-feira (31) do “Abraçaço” em favor das instituições médicas do segmento da capital baiana. A mobilização, que reuniu mais de 300 pessoas aconteceu, primeiramente no Juliano Moreira e em seguida no Hospital Especializado Mário Leal, ambos localizados em Salvador

O gesto simbólico contou com a presença da Frente Parlamentar da Saúde Mental e Prevenção do Suicídio da Câmara Municipal de Salvador, presidida pelo vereador, César Leite, pacientes, familiares, autoridades, Organizações envolvidas com o setor, funcionários e profissionais de saúde, como a farmacêutica há 28 anos do Juliano Moreira, Solange de Oliveira Santana. O parlamentar acredita que os hospitais psiquiátricos devem ser requalificados e não fechados, pois, segundo ele, deixariam 60 mil pacientes sem a assistência específica. Para o deputado, quando se trabalha em defesa de uma causa de forma integrada, a vitória se torna mais vertiginosa e justa. “O Governo do Estado precisa trabalhar em sintonia com o povo baiano, porque embora as autoridades tenham a caneta na mão é necessário agir com cautela e cuidado, pois estamos lidando com seres humanos. Estamos aqui hoje, porque somos contra a desassistência, ou seja, contra o fechamento dos hospitais psiquiátricos da Bahia”, explicou Arimateia.

Durante a ação, a presidente da Associação de Apoio a Familiares, Amigos e Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais da Bahia (Afatom-BA), Rejane de Oliveira, contou que os Hospitais Psiquiátricos são instrumento de atendimento no Estado da Bahia. No ensejo, Rejane se posicionou firmemente contra o Governo do Estado, que segundo ela, está jogando a responsabilidade para as famílias dos pacientes. “Estamos falando de Instituições que salvam vidas. Queremos a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) como complemento e não substituto. É preciso salientar que a Lei 10.216/2001, também conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, determina o atendimento de qualidade não a desativação do serviço”, disse, enfatizando que atualmente 900 leitos já foram retirados na Bahia.

Presente no “Abraçaço”, a paciente Marina Barbosa, 61 anos, contou emocionada, que desde os nove anos descobriu a epilepsia, e há 16 anos faz tratamento no Hospital Especializado Mário Leal. Ela demonstrou grande preocupação com o tratamento contínuo, assistência e apoio, caso ocorra o fechamento da unidade, pois ela faz a ingestão de dois medicamentos diariamente, a Carbamazepina e a  Risperidona, que são retirados na farmácia da referida Instituição. “Aqui encontro amparo. Será uma catástrofe tanto para nós pacientes, que iremos encontrar portas fechadas, quanto para a comunidade baiana, pois encontrará nas ruas pessoas em surto sem assistência e ajuda médica”, opinou.

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