Na quarta-feira (08), o deputado estadual José de Arimateia esteve na Câmara Municipal de Santa Luz para participar de uma audiência pública, onde foi apresentado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) o plano Canal do Sertão Baiano (CSB) e os benefícios que esta intervenção fará na vida de 1 milhão de pessoas.
Santa Luz é um município do estado da Bahia que, de acordo com o último censo, tem uma população estimada em 37.704 habitantes, e será um dos 44 municípios que serão beneficiados com o projeto. A luta para tornar o sonho em realidade é tão grande quanto o projeto, pois desde a primeira audiência pública, em agosto deste ano na cidade de Várzea da Roça sobre o CSB, que Arimateia se mobiliza junto com os prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, bem como na esfera ministerial em Brasília, em um esforço conjunto para fazer do projeto uma grande realidade. Na época, o parlamentar também esteve no município de São José do Jacuípe, onde constatou a dura realidade da barragem, que tinha menos de 3% de sua capacidade, caracterizando um caótico estado de seca para a população da região.
Na audiência desta quarta-feira, o representante da Codesvaf, João Tosta deu início a apresentação do projeto, mostrando as principais finalidades do Canal do Sertão Baiano que são o abastecimento humano e a dessedentação animal. Em sua fala, Tosta explanou que o estado da Bahia tem 2/3 de seu território no sertão, em áreas de semiárido, e a necessidade da água para a região. “Apesar de nos últimos meses, ter pluviosidade generosa, mudando a paisagem árida para um verde que se traduz em beleza e fartura, as atividades agropecuárias precisam de água para existir. Assim, o CSB surge como solução para trazer o desenvolvimento econômico e social para a maior parte do semiárido baiano” pontuou.
Após a apresentação de João Tosta, Arimateia chamou a atenção de todos para a necessidade de união independente de divergências políticas, e que o CSB ainda não saiu do papel em função dessas divergências. “Nada mais justo para esse povo trabalhador que, com resiliência e coragem, enfrenta as dificuldades do semiárido, ser beneficiado com essa obra. Capacidade de trabalho o povo já tem”, finalizou.
Texto: Alex Borges
Foto: Cris Oliveira