Bancada Evangélica da ALBA repudia deportação de missionários pelo governo de Angola

Por meio de uma Moção de Repúdio, a Bancada Evangélica da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), expressou descontentamento com a expulsão de 34 missionários membros da Igreja Universal do território angolano, nove deles no último dia 11 de maio.

Para o presidente da Bancada, deputado estadual José de Arimateia (Republicanos), o ato praticado pelo governo de Angola pode se caracterizar como criminoso, pois a deportação foi claramente motivada por xenofobia. Ainda segundo o parlamentar, a situação foi agravada por uma série de ameaças, calúnias, agressão física, psicológica e, sobretudo, perseguição religiosa contra os missionários brasileiros expulsos.

O documento, que foi também assinado pelos deputados Jurailton Santos (Republicanos), Kátia Oliveira (MDB), Josafá Marinho (Patriota) e Talita Oliveira (PSL), chama atenção para o descumprimento, por parte da nação angolana, de princípios estabelecidos pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual Brasil e Angola são Estados-membros, que são a concórdia político-diplomática e a cooperação em todas as suas formas.

Ao destacar os objetivos do Tratado Internacional, os parlamentares reiteram o de contribuir para o reforço dos laços humanos, da solidariedade e da fraternidade entre os povos que têm em comum a língua portuguesa, além do compromisso dos agentes consulares de cada Estado-membro em prestar socorro aos cidadãos de cada uma das outras partes que residam na sua área de jurisdição ou nela se encontrem ocasionalmente.

“É inaceitável nos calarmos diante dos fatos: são cidadãos brasileiros em missão de paz sendo deportados por mera conveniência e decisão unilateral do governo angolano, como uma clara forma de intimidar a igreja e seus legítimos representantes, que independente do ordenamento jurídico de Angola e a regulamentação da atividade religiosa, estão ceifando os direitos humanos e o código de conduta moral que deve reger as relações pessoais e jurídicas”, disseram os deputados na Moção, que foi encaminhada diretamente ao Consulado da República Popular de Angola.

 

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