Comissão de Saúde celebra Dia Mundial do Rim

Intensos debates sobre doenças renais, sua prevenção e o funcionamento de um dos órgãos mais importantes do corpo humano, o rim, nortearam a pauta da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) nesta terça-feira, 15 de março. Em Celebração ao Dia Mundial do Rim, ocorrido no último dia 10, o deputado estadual José de Arimateia (PRB), vice-presidente do Colegiado, propôs a Audiência Pública, que aconteceu a partir das 10h15, na Sala Eliel Martins.

O gestor da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (SAIS), da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Dr. José Raimundo Mota, chamou a atenção para a educação como a melhor maneira de promover a prevenção das doenças renais. “Quando estamos tratando um paciente renal, em situação de diálise ou transplante, existe todo um tratamento que poderia ser feito, mas na maioria das vezes, deixou de ser. A questão começa na atenção básica, na educação dentro das escolas, mostrando o cuidados fundamentais com o próprio corpo”, explicou.

O transplantado renal Jorge Barbosa Almeida passou mais de um ano fazendo hemodiálise. Há quatro anos, ele conseguiu um rim compatível, mas relatou uma demora de três meses para conseguir realizar uma ultrassonografia no Hospital Ana Nery, além de nove tipos de exames que não são realizados pela instituição.

Ao relatar uma visita, no ano passado, às policlínicas que estavam sendo implantadas através de consórcio no estado do Ceará, o deputado José de Arimateia acredita que, quando forem implantadas semelhantes na Bahia, onde o processo já está em andamento, as deficiências do estado com exames de alta complexidade serão amenizadas.  No entanto, o parlamentar lamentou a existência de questões político-partidárias que têm atrasado a implantação. “Faço parte do bloco da oposição, mas sou radicalmente contra este tipo de política que atrapalhe, principalmente, a saúde pública no estado”, exclamou.

Segundo a representante da Coordenação de Redes de Atenção Especializada (CRAE), Dra. Fátima Rocha, na Bahia, há uma maior prevalência de doenças renais comparada a outros estados. Temos redes com leitos de diálise compatível com a necessidade do estado, mas temos uma superestimativa na capital. “O paciente acaba por vir ser atendido na urgência em Salvador. Pela dificuldade de deslocamento, firma moradia aqui e é encaminhado a uma das nossas unidades, que ficam mais cheias que as do interior”, explicou, lembrando que há um Plano de Ação para a Rede Estadual de Atenção ao Paciente com Doença Renal Crônica em fase de finalização.

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