Parlamentar promove ato em celebração ao Dia Nacional do Transplante

Em celebração ao Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, que será comemorada na próxima sexta-feira, dia 27 de setembro, o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual José de Arimatéia (PRB), promoveu na manhã desta terça-feira (24) uma Audiência Pública com a finalidade de discutir a atual situação do transplante na Bahia.
Na oportunidade, Arimatéia instituiu no Parlamento Baiano a Semana Nacional da Doação de órgãos. Nessa perspectiva diversas ações foram criadas para lembrar a importância do gesto, como: um stand contendo todas as informações sobre doação de órgãos, além da iluminação verde instalada na entrada da Assembleia Legislativa da Bahia – cor que simboliza a Campanha – com o objetivo de sensibilizar a população baiana para a necessidade da doação.

celebracao-dia-nacional-transplante“O Brasil é o segundo país no mundo em número de transplantes; ainda assim precisamos promover ações como essas, que ajudem a estimular as doações, na tentativa de desafogar a fila de espera para transplantes, e salvar vidas”, disse Arimatéia, informando que está se articulando para assinar um documento com o único objetivo de dispensar as formalidades regimentais para a aprovação imediata do Projeto nº 19.303/2011 de autoria do deputado Yulo Oiticica, que cria uma semana dedicada a conscientização a doações de órgãos em escolas estaduais na última semana de setembro.

Segundo dados do Coordenador Estadual do Sistema de Transplante, Eraldo Salustiano Moura, atualmente na Bahia são mais de dois mil pacientes aguardando na fila de espera para transplante, entre elas: 1.110 pessoas aguardam um novo rim, 788 esperam por córneas e 53 estão na fila por fígado.

Moura acredita, que o aumento do número de transplantes depende de um maior entendimento da sociedade sobre o tema. Ele destacou ainda a importância de cada brasileiro estar sinalizando à família a vontade de doar porque no Brasil, a doação só é permitida mediante a autorização de parentes do primeiro e segundo grau.

Conforme relata a presidente da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia, Márcia Chaves, uma série de questões tem atrapalhado a captação de órgãos no Estado da Bahia, tais como: a falta de informação sobre a doação de órgãos, abordagem familiar não coerente, provocando a negativa familiar, que já totaliza em quase 80% na Bahia.
Nessa perspectiva Márcia Chaves sugeriu “uma campanha educativa institucional mensal, a inclusão da matéria transplante na grade curricular nas universidades da área de saúde, além de uma política direcionada para a captação e doação de órgãos e transplante e os pacientes transplantados”.

Também participaram da audiência o diretor da Rede Própria da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), José Walter Junior; diretora da Rede Própria da Gestão direta da Sesab, Ledívia Espinheira; a representante da Coordenação do Sistema de Doação de Órgãos (Coset), Simone Tapioca, além do presidente da Renal Bahia, José Vasconcelos de Freitas e diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) do segmento.

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