O diabetes mellitus tipo dois cresce em todo o mundo, já atingido entre 12 e 14% da população. O número de casos aumenta, mas a oferta de endocrinologistas não acompanha esse crescimento, tornado cada vez mais importante a participação da equipe multidisciplinar no acompanhamento dos pacientes.
A observação é da endocrinologista Odelisa Matos, coordenadora de Planejamento do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), ao mostrar a importância do diagnóstico precoce do diabetes e do tratamento adequado para evitar as complicações que acompanham a doença.
A equipe multidisciplinar de saúde terá a oportunidade de conhecer e discutir os principais problemas no acompanhamento dos pacientes diabéticos no simpósio “Diabetes – Desafios na Prática Clínica”, que acontecerá de nove a 10 de agosto no Pestana Bahia Hotel.
O evento é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Diabetes – Regional Bahia – que deverá reunir 360 participantes. A endocrinologista Reine Fonseca, diretora do Cedeba, é uma das coordenadoras do simpósio. O formato do evento, oferecendo seis oficinas, segundo Odelisa Matos, permitirá amplo debate, criando uma importante oportunidade para a formulação de questões e eliminação de dúvidas.
DESAFIOS
O aumento do diabetes tipo nove, cada vez mais presente em pessoas jovens, como conseqüência da obesidade – começa com os hábitos alimentares errados na infância, além do sedentarismo. O aumento da população de idosos também contribui para a maior incidência de diabetes, doença crônica que pode garantir uma boa qualidade de vida ao paciente, se for controlada.
A prática clínica mostra, segundo analisou a endocrinologista Odelisa Matos, que a primeira reação do paciente, ao receber o diagnóstico, é a negação. Isso começa –destacou – com a inércia terapêutica que leva ao retardamento do início do tratamento pela equipe de saúde. Diante de um resultado com alteração na glicemia, o paciente justifica que ao fazer exame não estava bem emocionalmente (briga em família, noite mal dormida). A cada avaliação, uma justificativa. A equipe dá um tempo e retarda o inicio do tratamento.
Geralmente, o diabetes tipo dois começa sem sintomas, que às vezes só aparecem quando as complicações da doença começam a surgir. Sendo o diabetes doença crônica, quanto mais cedo o tratamento – medicação, atividade física e alimentação saudável – maiores as chances de vida saudável.
A programação completa do simpósio e inscrições no site: www.interlinkeventos.com.br
Fonte: Sesab/Ascom
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