ALBA promove debate sobre “diabetes invisível” e a importância da prevenção

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) iniciou o mês de novembro promovendo, nesta terça-feira (11), a audiência pública “Diabetes: Epidemia invisível que mais agrava o sistema de saúde”. O encontro reuniu especialistas, gestores e representantes de órgãos de saúde para discutir o avanço da doença, que já afeta mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Silencioso e progressivo, o diabetes é considerado uma das maiores epidemias do século. No Brasil, milhões de pessoas convivem com a doença — muitas sem saber —, e suas complicações estão entre as principais causas de internação e morte, sobrecarregando o sistema público de saúde.
Atento a esse cenário, o deputado estadual José de Arimateia (Republicanos), membro da Frente Parlamentar da Saúde e proponente da audiência, destacou a urgência de fortalecer as ações preventivas e ampliar o acesso ao diagnóstico.

“O diabetes exige mais do que tratamento. Exige informação, prevenção e compromisso do poder público com a saúde da população”, enfatizou o parlamentar.

Durante a audiência, a diretora e fundadora do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), Dra. Reine Marie Chaves Fonseca, alertou para a necessidade de uma resposta mais efetiva do Estado.

“Os gestores públicos precisam agir com urgência, fortalecendo as políticas de prevenção e ampliando o acesso ao tratamento. O diabetes é uma doença silenciosa, mas suas complicações têm impacto profundo na vida das pessoas”, afirmou.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 16 milhões de brasileiros vivem com a doença. O alerta ganha ainda mais relevância neste mês de novembro, quando é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, no dia 14.
Em Salvador, cerca de 9% da população adulta vive com diabetes — o que representa aproximadamente 217 mil pessoas —, segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). No estado, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) estima que entre 8% e 9% da população tenha a doença, sendo que metade dos casos ainda não foi diagnosticada.

A doutora em pé diabético e gestora em políticas públicas de saúde Marinês Marques ressaltou a importância dos encaminhamentos definidos durante o encontro.

“Para mim, a audiência pública foi decisiva para avançarmos em medidas que possam amenizar o sofrimento dos diabéticos na Bahia”, avaliou.

Ao encerrar a audiência, o deputado José de Arimateia reafirmou o compromisso de continuar levando o tema às autoridades competentes, buscando o fortalecimento de políticas públicas que ampliem o cuidado com os pacientes e reduzam o impacto do diabetes na saúde pública do estado.

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